As minhas viagens pela Europa finalmente começaram.
Estocolmo foi a primeira cidade. Eu imagino que você deve estar se perguntando porque raios eu fui pra Suécia, lá no norte, quando se tem tanta cidade pra se visitar.
Acho que até o fim desse post você descubrirá.
Depois de um sábado longo - trabalhando das 10 da manhã até meia noite -, tomei uma breja lá no restaurante e comecei minha jornada para o aeroporto de Stanted London. Depois de duas horas de percurso, cheguei no aeroporto, deitei no chão e tentei dar uma relaxada, assim como mais um monte pessoas que estavam lá esperando os portões abrirem. Os aeroportos são fora da cidade, por isso, a galera que pega os primeiros vôos decide ir antes da meia noite por trem e ficam a noite inteira esperando deitados por todos os lados.
Depois de duas horas de vôo, cheguei no aeroporto de SKAVSTA que fica a uma hora de Estocolmo, por isso tive que pagar 158 krones suécos (16 libras) pra chegar à capital de busão.
O percurso me lembrou muito a paisagem canadense. Nostalgia total! rs.
Ao chegar ao terminal, comprei um ticket válido pra 24 horas em qualquer transporte público - 100 krones (10 libras) e fui imediatamente pra estação de Gamla Stan (cidade velha). Cheguei à praça principal, tomei um cappuccino (3,40 libras) pra dar uma acordada e às 11:30 me encontrei com a guia para um tour (13 libras) de 90 minutos pelos pontos históricos e cheio de curiosidades. Todos tiveram que vestir o chapéu de viking. (Viramos uma das atrações).
A guia na frente do Palácio Real segurando um chapéu viking. O modelo verdadeiro (sem os chifres)
O motivo de eu escrever os preços foi só pra mostrar que a cidade é cara! E esse foi o único ponto negativo que encontrei nessa minha visita.
Depois do tour, sentei-me com a guia pra tomar um café e saber o que mais poderia fazer por ali.
Ela me acompanhou até a prefeitura, na ilha de Kungsholmen onde fiz um tour. Depois desse monte de informação que recebi, resolvi ir pro hostel tomar um banho e me secar da chuva que jorrava lá fora.
Prefeitura
A chuva deu uma trégua e sai para comer e dar mais uma passeada pela cidade e fui parar em Gamla Stan de novo. É a ilha mais antiga e, sem dúvida, mais charmosa. Andei até cansar e começar a chover de novo. Resolvi voltar pro hostel e dormir.
O dia seguinte estava maravilhoso. Céu limpo e azul com o sol a brilhar. Fui ao supermercado comprar meu café da manhã pra pechinchar, heheh! Eu mesma tive que passar os produtos no caixa (self check-out), impossível pra quem não entende uma palavra de suéco. O bom é que a maioria dos nativos falam inglês fluetíssimo, daí uma funcionária me instruiu, heheh!
Pronta para mais um dia e o último da minha jornada pelo país, fui direto ao centro de informações turísticas no centro onde fui pedir sugestões. Queria fazer algo nos lagos. Ou eu pegava um barco e ouvia mais guias e informações ou eu ia pra algo mais aventureiro. É lógico que quis me aventurar...fui pra ilha Djurgarden passear de kayak. Perfeito!! A vista é linda e traz muita paz. Tudo que queria.
Djurgarden
Depois de tirar a areia do meu sapato e me secar, tomei um chá e comi um dos doces típicos deliciosos chamado Punschrulle feito de marzipã, um licor suéco chamado Punsch e coberto com chocolate. Lógico que provei mais uns quatro diferentes: de café, chocolate preto, chocolate branco, de biscoito...eles por si só são uma atração turística, rs!
Fui andar no parque em Djurgarden, sentei e fiquei adorando o sol e a paisagem por umas duas horas. Voltei andando ao centro pela avenida Hamngatan, entrei na loja de departamento chiquérrima NK mas nem fiquei muito porque só de olhar sentia que ficava mais pobre!
NK
Mais pra frente achei a rua mais popular, onde tem muita gente, muitas lojas, bares e restaurantes: Drottninggatan. Até chegar ao fim e encontrar uma praça charmosa onde, mais uma vez sentei e fiquei observando o que se passava ao meu redor.
Nesse segundo dia havia decidido não ir em nenhuma outra atração. Somente andar e sentir o espírito da cidade, observar as pessoas, as singularidades e aproveitar o tempo agradabilíssimo.
Como tem gente bonita naquele lugar! Ai, ai!
Mas também são muito reservados. Não se vê uns "porra-locas" causando por aí igual Londres.
Depois de tanto escrever, gostaria de terminar esse post contando o que aprendi sobre essa cidade que muitos brasileiros nunca pensaram em visitar (eu era um deles), que é um tesouro da humanidade.
- Estocolmo foi premiada como a capital verde da Europa. É a capital da Escandinávia e considerada por muitos uma das capitais mais bonitas do mundo.
- É composta por 14 ilhas.
- 45% do parlamento é composto de mulheres. O exército também tem um grande número de mulheres, mas isso deve ser pelo fato do país nunca se envolver em nenhuma guerra.
- Existem "mercados" administrados pelo governo com o único propósito de vender álcool chamado "Systembolaget". É um monopólio e foi criado para controle e venda responsável sem lucro. Ao entrar você deve pegar uma senha. Enquanto espera ser chamado, você olha nas vitrines quais bebidas você quer, anota o código que a pessoa atrás balcão pega pra você.
Systembolaget
- Existe um disque denúncia para piche. Se encontrar algum lugar pichado, é só ligar. Em até 24 horas o piche será removido.
- Depois da Dinamarca, Suécia é o país com maior carga tributária do mundo. As escolas são todas gratuitas e saúde também é pública até os 18 anos de idade. E o mais impressionante: a licença maternal é de 480 dias recebendo 80% do seu salário.
